NÃO FOI COINSCIDÊNCIA, NEM AMOR
“Talvez, só puro e negro ego em contravapor”
... não, não
é nenhum delírio poético:
eu sofri até a última gota da chuva
de fogo que me caiu
da alma;
até que, por fim,
encerrou-se o último ato
deste estranho, ilusório
e cruel amor;
em que,
com a palavra sempre afiada,
protagonizavas puro
anjo;
e eu, por entre
as sombras de tuas luminescências,
um entenebrecido
demônio.