Todas desculpas nascem apenas pra amoldar os espíritos.
Todas desculpas nascem apenas pra amoldar os espíritos.
Hum penso em você, e alegre escuto sua voz, que ecoa dentro do meu peito... Escutando o que vai falando e o que vai evitando, escondendo quando não diz, substituindo palavras, por sorrisos emocionados e encabulados, rindo baixinho mexendo comigo. Mas não ri pra fugir do que falo, mas dos absurdos que talvez extraio de suas imaginações e fantasias, coisas e combinações que não tinha tido, ou rido antes...
Viajo feliz num mundo que não conheço, que não sou convidado a conhecer, mas que em toda vida sonhei e vivo reinventando...
“A mulher perfeita, com a música perfeita, no momento propício, no lugar desenhado pela vontade e desejo, envolvido na perfeita linguagem do toque”...
Já não penso em você, mas na unidade de nossos corpos, na precisão sem pressa de nossos inúmeros desejos, que simultâneos vão aflorando em arrepios e respirações...
Pensar? Como?
Se quando o melhor que sou vem te encontrar, quando a lógica dá lugar a sensibilidade, e modifica minha voz que dança com sua alma, que me liberta, e sincero sou só seu, que me deixa pleno, incontrolável, irresponsável, entregue... Livre e assim sem limites encontro-me em você, em sua respiração, em frases prontamente proferidas, em pausas cautelosas, e em bruscas mudanças de pensamentos, que na verdade, pouco ou quase nada muda, e muda não muda nada...Paradas bruscas, sem pontos finais, também não têm reticências, mas têm o sabor do proibido, cheiro de verdades urgentes, jeito da esperada entrega, a forma do mais puro desejo, têm o tamanho da alma sucumbindo ao mais primitivo dos encontros...
E todas desculpas, nascem apenas pra amoldar os espíritos...
Marcia Eli