UMA VIDA, APENAS!
Que proveito há
numa mulher tão triste
E impedida de amar?
Que proveito há,
Num par de olhos perdidos
Entre lágrimas, a chorar?
Que proveito posso tirar
Dos braços no corpo, caídos,
de um peito carente e vazio?
Não há proveito, só tormento!
Nem mesmo esperança, só sofrimento,
Só amargura, só receio...
Proveito nenhum pode haver.
Pavor, por certo, em imaginar
Que talvez, depois... tenha que renascer!