Adeus

No frio da minha sepultura

triste só a lapide tão dura

sobre o meu rosto encovado

em alguns metros quadrados

onde eu estou neste momento

eu sinto os vermes me comendo

e a minha carne apodrecida

purga como ainda fosse viva.

No frio das minhas memórias

onde tudo agora é passado

segredos não revelados

verdades terrenas ilusórias

e quase nada então importa

o poder das mãos se esvai

quando a carne esta morta

tudo o mais fica para traz.

Não fosse o medo estaria rindo

tudo esta encerado e limpo

sobre a mesa um velho cachimbo

parei de fumar ora que findo

eu sigo aos tropeços no limbo

arregalo os olhos cor de osso

olho-te virando meu pescoço

dou-te um longo beijo e digo adeus.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 30/05/2016
Código do texto: T5651501
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.