Menção ao dia dos namorados
O poeta namora a poesia,
qualquer que seja a forma ou o matiz.
Namora a virgem casta, a meretriz...
com laivos de paixão e utopia.
Poeta que é poeta, como diz
um dito popular jamais escrito,
quer seja um menestrel, um erudito...
namora qualquer verso e é feliz.
A poesia flerta com poetas
quer seja um menestrel, um erudito...
porque, como se diz, está escrito
nos livros, nunca lidos, dos profetas.
Poema que é poema e é bonito,
quando o último verso se completa,
namora a pena, o verbo e o poeta
e até as entrelinhas do não dito:
amar é namorar (no infinito)
um pontinho qualquer ao fim da reta.
O poeta namora a poesia,
qualquer que seja a forma ou o matiz.
Namora a virgem casta, a meretriz...
com laivos de paixão e utopia.
Poeta que é poeta, como diz
um dito popular jamais escrito,
quer seja um menestrel, um erudito...
namora qualquer verso e é feliz.
A poesia flerta com poetas
quer seja um menestrel, um erudito...
porque, como se diz, está escrito
nos livros, nunca lidos, dos profetas.
Poema que é poema e é bonito,
quando o último verso se completa,
namora a pena, o verbo e o poeta
e até as entrelinhas do não dito:
amar é namorar (no infinito)
um pontinho qualquer ao fim da reta.