Naufrágio
Saudades ainda latentes
Versos sem as suas rimas
Palavras ainda presentes
Madrugadas sem estimas
Tantas vezes choradas
Na solidão das lágrimas
No leito ficaram caladas
Como uma flor sem néctar
E lábios sem boas risadas
Com acusações para julgar
E enganos como ciladas
Quando eu só queria amar
E assim, nos ais você partiu
Com a emoção sem pesar
Deixando o coração vazio
E o ponderar sem ofertar
Desmoronando em fastio
Os sonhos de se sonhar
Restando somente aflição
Entre os teus vários ir e ficar
Adormeci ao lado da ilusão
Após este amor naufragar
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27/05/2016 – Cerrado goiano