PENSAR E SENTIR
 
Das sensações cálidas
                                                                      Dos sinais incorpóreos,
     Poeto-te de beleza entre
            Diálogos de respirar oxigênio.
 
Das luminações que constrói certeza,
No ritmo habitual das marcas postas,
Atento-me as causas da natureza.
 
Entre as vivências juntas das coisas,
Deduzo tecendo as emoções,
No universo dos acordes da visão
Que comovem os estímulos dos corações...
 
                                              Arrepiam-se
                                                                 A Alma e eu
As motivações diversas
Do emocional em embalado feito,
Que ao deitar o corpo, resta,
Apenas, o que izou-me airoso leito.
 
A poesia de pensar e sentir
                                                             São o canto e a cortina
                                                             Ao arrocho
                                                             A entrega
                                                             A ternura
E as indiscretas
                            Emissões secretas.
 
                                                               Para mim
O hino da mulher poesia
É a formosura dela que extasia
Os rasgos de espasmos que traçam
Os contornos do contato que descortino
Do corpo.
 
Do sensorial vale do ardor
Que constelado sentido,
Despeja do doce e fino amor
Diz do que hão de ditar do pós-depois
As ideias que orienta, o já contido.
 
E de tão justo
Na trajetória da flor-miragem
Entre jardins etéreos de passagem,
Nessa visão suspensa dos meus passos
Minha Alma rompe a abóbada das nuvens
Além do sonho que se oculta e vens,
Ao encontro inexorável do abraço...
 
De assim lembrar de permitir
Os olhos presos no pós-infinito,
Onde fecunda a Alma, o ofício do existir
Ao que tece a tessitura do findo, dito,
- Eu possa pensar e te sentir...
 

Luciano Azevedo.
 
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LUCIANO AZEVEDO
Enviado por LUCIANO AZEVEDO em 27/05/2016
Reeditado em 27/05/2016
Código do texto: T5648504
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