Predestinado

Fechei os olhos na saudade

Vi sussurros na minha boca

Eram lágrimas de tal vontade

E palavras de sonoridade oca

Fiquei em silêncio e confuso:

era o amor que sussurrava,

a saudade no afeto ocluso,

ou minha alma que sonhava?

Enxuguei então está carência

De te querer em tudo adivinhar

Dediquei versos em reverência

E desta saudade pude poetar

Pois o amor vive um no outro

E não em algum diverso lugar

Pode-se querer ter naqueloutro

Predestinado está a quem amar

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

27/05/2016, 05'05" – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 27/05/2016
Reeditado em 03/11/2019
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