REFLEXIVO

Quando o olhar é sereno

E se reveste da carícia ocular,

O tom torna-se suave, terno!

Brilham os olhos e ardem desejos

Nessa meiguice ótica!

A carne é depósito de ternura

E as sensações são tão puras

Perante um astral emotivo!

Há uma intensidade de ardor

E a volúpia contém veludo!

Idílio que se afoga na alegria

Diante do fausto enleio sentimental!

A intimidade é dominadora,

Lasciva e vestida de seda

Qual ritmo da melodia lenta!

Agitam-se os torneios do espaço,

O afago é dourado e o abraço

É uma primavera de comunhão!

Doce é o manjar, fartura de beijos!

A entrega repousa no intento

E uma paz sazonal governa o ambiente

Trazendo à tona uma ânsia de sensualidade

Hipinotizada pela maciez da sensibilidade!

Nada é extremo. Tudo é vapor

Que se espalha em conduta de festa

Profetizando o trovejar do orgasmo

Tão esperado e nutrido pelo cenho aromatizado...

É a rebeldia dum sentimento chamado amor!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 26/05/2016
Código do texto: T5648025
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