A falta nos meus dias
O que trago na mente, mas que não mente e de longe está de ser mentira.
O fato que nasce ao amanhecer e torna-se imortal ao anoitecer,
pois o fim das horas não impede de sentir o que antes o amor proibira.
De olhos fechados, punhos cerrados e com o coração gotejando o sangue mais quente a correr sempre nas veias.
O que falta dizer e querer?
Amor? A dor que provoca?
O sorriso manso ou o calafrio embriagador do dorso?
Palavras correm, uivam e falam;
a falta cresce e desce, rolando as escadas do querer.
Quero com amor profundo e infinito.
Incontável como as estrelas e invisível, porém real como o sal do mar.
Aterrorizar o mais escuro pensar e o mais claro enxergar.
Mas, a alma clama e de joelhos fica na mesma oração.
O que falta nos dias, quase mata os próprios dias.
O que falta nos dias, entorpece a garganta.
Seca e arranha; provoca o céu da boca.
Meu céu próprio, mas sem estrelas.
A falta... consome... impregna.
A falta... que sinto... que sinto... que amo.
A falta... você... saudade que chamo de falta.