A falta nos meus dias

O que trago na mente, mas que não mente e de longe está de ser mentira.

O fato que nasce ao amanhecer e torna-se imortal ao anoitecer,

pois o fim das horas não impede de sentir o que antes o amor proibira.

De olhos fechados, punhos cerrados e com o coração gotejando o sangue mais quente a correr sempre nas veias.

O que falta dizer e querer?

Amor? A dor que provoca?

O sorriso manso ou o calafrio embriagador do dorso?

Palavras correm, uivam e falam;

a falta cresce e desce, rolando as escadas do querer.

Quero com amor profundo e infinito.

Incontável como as estrelas e invisível, porém real como o sal do mar.

Aterrorizar o mais escuro pensar e o mais claro enxergar.

Mas, a alma clama e de joelhos fica na mesma oração.

O que falta nos dias, quase mata os próprios dias.

O que falta nos dias, entorpece a garganta.

Seca e arranha; provoca o céu da boca.

Meu céu próprio, mas sem estrelas.

A falta... consome... impregna.

A falta... que sinto... que sinto... que amo.

A falta... você... saudade que chamo de falta.

JBorsua
Enviado por JBorsua em 23/05/2016
Reeditado em 23/05/2016
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