BOÊMIO FALIDO - SEU PREÇO
Quando lhe conheci não parecia
Os teus olhos casaram com os meus
O brilho, a atração foi fatal.
Quis roubar-me um beijo,
Não deixei,
Embora aquela força invisivel me puxava
Para os lábios teus.
Olhei para o lado, tive a impressão de ter uma platéia
Esperando por isso, arredia, me reservei.
Passados tempos nos encontramos
Com o tempo descobri que o seu comportamento
Era estranho de um homem comum
A descoberta de um boêmio,
O que tinha para me oferecer?
Se era amante da noite,
O seu ego lhe cegara
Nem mesmo você sabe onde estava pisando,
Seu nome já esta na boca da mulherada,
Só serve para beijos e mais nada!
Judiou de você mesmo nas noitadas, farras
Aceite o teu presente, é o preço.
Mas você sente a necessidade de se aparecer
forçando um comportamento
A seu favor, humilhando quem está com você,
Não percebe que não é mais o mesmo.
O tempo passou e você esta passando.
Daqui a pouco tera que gastar muito
Para manter uma impressão ilusória
Quando tu chegas em casa, foi tudo isso
Lhe resta o vazio...
Humildade, É isso que lhe falta...
Mesmo falido,
Tem seu brilho,
Seja você mesmo, saiba lidar com sua baixa estima;
Que seja boemio e outra coisa qualquer,
Mas seja você!
Todos já notaram que você quer se aparecer,
Os porquês?
Logo estarás na boca do povo, dos seus amigos
A compaixão na calada da cerveja...
Era tudo que eu não queria,
Pois achava que ainda podia ter em você,
A sombra do caráter....Apostei em você e mim,
Tentei lhe ajudar, pois lhe amava;
A mim esqueças, não sou para brincadeiras
Muito menos ser palhaça,
Se eu sabendo disso voltar com você...
Nomeio me a ser mico de circo,
E quanto a valor?
Estararia valendo menos que um centavo...