DA PALAVRA AO GESTO

Contenta-me de sobrar palavras
Quando os sinais são distantes
Os traços dos sábios amantes,
Em situação que ora e lavra,
O claro desejo que encerra...

É o destino que transforma e molda,
O pleno do charme ao rosto,
Qual altura da substância que golda,
A janela inexplicável do preciso gosto.

Da palavra em silêncio gesto
Desliza ao descobrir do rosto,
A sensação sonâmbula do manifesto,
Que palpita da alma o exposto.

Sem preço e tão desnecessário,
Que o espectro do sonho estagia,
A doce curva do imaginário,
Que cultiva o amor que contagia.


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LUCIANO AZEVEDO
Enviado por LUCIANO AZEVEDO em 21/05/2016
Reeditado em 25/05/2016
Código do texto: T5641883
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