O mar e a solidão

O mar que me contempla

bravio e majestoso

rugi furioso

anunciando uma tormenta

e me arremessa então a onda

que aos meus pés se esparrama.

E como chama sinuosa

neste mar

em um indecifrável drama

é tanta a tristeza

que ela se vaporiza no ar.

Nesta praia da cidade

eu tenho apenas um lenço

um coração

e uma saudades imensa

e uma única ilusão.

Se a solidão é nesta cidade

um calar de uma voz

em meio a um alarido

ou então uma vontade atroz

de não aceitar a verdade.

Se sou um pássaro sem asas

um coração ferido

se sou do mar o seu rugido

e da morte o limiar

que esta onda então

me leve para o fundo mar.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 18/05/2016
Reeditado em 24/05/2016
Código do texto: T5639505
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