Ceeiro.

Teu corpo no meu, falando de amor.

Beirando o volver das estrelas,

E o lume das aquarelas perfeitas.

E as horas, de sons pros pássaros.

Tinindo os trabalhos do ceeiro.

Desnudando nossas peles vagarosamente;

Entre os laços das avelãs arteiras.

Abrindo os lábios dos anjos noturnos.

Feito espelho da aurora madrigal!"

Soltando, por ondear as carícias,

Neste solo, trépido e inimigo.

Num cântico, para os beija-flores.

Libertando nossas almas dialéticas.

Sugando nossos corpos como abismo.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 18/05/2016
Código do texto: T5638868
Classificação de conteúdo: seguro