E tudo em mim é um esvair-se.

Tão doído

Esse querer o que já é ido

Lagrimas encharcando os sulcos

Da alma deserta

Que vagueia em tempos longínquos

Não me importa os relógios

Que seus ponteiros avancem

Não me importa os calendários

Renovem suas folhas

Comemorem novos tempos

Com fogos de artifícios.

O meu tempo?

Folhas outonais

Caídas no chão

Levadas pelo vento.

E tudo que eu festejo

Já foi...

Esse pobre fantasma

Embriaga-se

Com vinho

Amor de alcova

Amor que escorre nos subterrâneos dos lençóis...

Vânia Rodrigues
Enviado por Vânia Rodrigues em 17/05/2016
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