E tudo em mim é um esvair-se.
Tão doído
Esse querer o que já é ido
Lagrimas encharcando os sulcos
Da alma deserta
Que vagueia em tempos longínquos
Não me importa os relógios
Que seus ponteiros avancem
Não me importa os calendários
Renovem suas folhas
Comemorem novos tempos
Com fogos de artifícios.
O meu tempo?
Folhas outonais
Caídas no chão
Levadas pelo vento.
E tudo que eu festejo
Já foi...
Esse pobre fantasma
Embriaga-se
Com vinho
Amor de alcova
Amor que escorre nos subterrâneos dos lençóis...