BOM DIA, GIRASSOL AMARELO

O dia amanheceu igual àquele

engolido pela noite de ontem,

que dia é hoje,

onde estamos,

para onde foram os sonhos

e a euforia da última paixão

inesquecível?

Assim como os dias

repetidos são novos

também sou poema

reescrito pr’olhar

deitado no papel

à tua espera

no alvorecer

lácteo e rosa

sou lei, sou tua

leitura vertida.

Então, venha,

releia-me sem fazer caso

ao leo, sonha sobre mim teu sonho

sonho bobo de menino bobo e feliz.

O amor amanhece, teria dormido no teu colo...?

O amor só chega quando não é esperado,

de mansinho ocupa inusitados lugares,

se apropria como raiz de planta, ultrapassa o vaso

na quietude sobrepuja acorda o sentido para o dia

para o mesmo poema reescrito

e faz esquecer as horas, os dias

soergue a doce paixão da fúria.

Bem, leia-me e me evoque

que me disperso, desperto

por ti sou girassol amarelo

eu gira em torno, és sol elo

o bom do novo poema dia.

O que jamais retorna está

novo de novo, tudo guardo.

O amor verto em poesia

no meu teu corpo

ao ler-mo-nos

juntos aqui.

Antônio B.

Baltazar Gonçalves
Enviado por Baltazar Gonçalves em 16/05/2016
Reeditado em 04/06/2016
Código do texto: T5637510
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