Outono
O orvalho é o choro contido de todas as noites em que não estou contigo.
Calculei os versos para que eles tivessem a medida exata de um abraço.
As luzes que se acenderam pelo caminho não te ajudaram a me encontrar.
Pontuei as frases, troquei o jarro e as flores, me desfiz do orgulho.
Perdida dentro um mundo estranho, meu lar cabe na palma da mão.
As estações brincaram de se perfazer, era agosto e anteontem foi verão.
Nunca pareceu que ia ser o último dia, quem é que poderia adivinhar?
Onde estaria minha atenção que não pudesse ler o profundo de seus olhos?
Há tantas vírgulas nesse fim, há tanto de você em mim.
O amor é cego porque o que se toca antes do corpo é o coração.
Não se pode dizer que um sonho morreu quando ele está somente adormecido.
As lembranças remontam um gigantesco quebra-cabeça de perspectivas.
Por hoje bastaria um pouco de passado no presente, bastaria apenas você.
Uma noite em que a saudade não fosse maior do que a alegria de te ver.
Recadinho: Oi, amigos e amigas recantistas, aqui é a Mary. Excluí minha antiga conta e estou de volta. Espero que gostem de me receber. Beijinhos a todos e tenham uma ótima semana! :)