MÃE

De um lugar escuro e outrora grande,

lembranças não tenho antes da luz eu ver,

Tornou-se pequeno, mas tão pequeno,

Que aos espasmos capitulei sem poder me defender.

Arrebatado fui deste meu pequeno aconchego,

lembrança nenhuma tenho do que para trás deixei.

Medo enorme e sensações horríveis senti,

Sem nem saber como fazer, pela primeira vez chorei.

Em meio às dores e sensações terríveis,

eis que sinto algo estranhamente diferente.

Vejo a imagem de um rosto me olhando sorrindo,

E novamente estou num local seguro, protegido e quente.

Uma sensação nova me veio, não sabia o que era.

Em pranto olhei àquele rosto sorrindo em deleite;

Em meu auxilio veio mansa e serena....

De perto de seu coração, na minha boca, emanou o seu leite.

Este rosto mais tarde, de mãe comecei chamar,

E eu já não tinha mais medo deste mundo cheio de dor,

pois apredi que enquanto este rosto por perto estiver,

Não terei outra coisa que não seja somente o AMOR.

Já se passaram tantos anos quando da escuridão saí,

Mas estes não tiraram da minha memória aquela ocasião tão terna.

Pois hoje sei que aquele medo incial que tive ao sair da escuridão,

Nada mais era do que tristeza por toda MÃE não ser eterna!...

Patrick Vargas Amaral
Enviado por Patrick Vargas Amaral em 08/05/2016
Código do texto: T5629675
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