Abjurar

Desejo não mais desejar

Como se fosse corredio

De fácil sentença, aceitar

Só de imaginar dá arrepio

Faz a alma regurgitar

Assombro, melancolia

Na especiaria do amar

Desejar independe do desejo

É cobiça, sede, é frescor

Nunca abjurar o almejo

Pois no desejo se tem amor

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

23'08", 10 de agosto, 2012 – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 07/05/2016
Reeditado em 02/11/2019
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