Eternas por serem o amor
Minha joia mais rara
meu algodão mais doce
minha sorte de vida
meu porto mais seguro.
Se esbraveia, me calo,
se acarinha, me derreto,
se ergue a sobrancelha, silencio.
Ela me entende!
Veterana e constante
passou tempestades
e tapou-me o sol no rosto.
E não é a só a minha,
são bilhões e bilhões
que vieram marcar nossas vidas.
Não quero algodão doce,
quero sempre a mãe,
de olhinhos já cansados
de mãos já enrugadas.
Ela sempre me ensina,
até mesmo quando
o silêncio a toma.
Dispensam homenagens
pois não se explicam,
assim como o amor,
receberam de Deus o dom
de nos enriquecer.
Lembra dos chazinhos
de camomila pra acalmar
a irritação? Elas que fazem!
Lembra das repreensões
apenas pra aprendermos
a nos proteger no mundo?
É a forma que elas têm de cuidar.
Mãe é a representação de Deus
aqui terra. Únicas, justas,
meigas, tolerantes, cuidadoras,
mãe é mãe em qualquer momento.
O mundo está cheio deste amor:
nos quatro cantos,
pleiteando nossas vidas,
nos dando a razão de viver.
Algumas por serem tão especiais
resolveram se esconder junto a Deus,
foram abrilhantar os céus.
E mesmo assim,
deixaram o cheirinho delas,
as expressões faciais,
os vestidos de pano tergal florido.
Que neste domingo todas elas estejam
a sorrir e cantarolar cantigas de ninar
aqui ou lá nos céus.
O domingo é delas, assim como
todos os dias do ano.
Mãe é mágica inexplicável,
mãe é amor, mãe é saudade,
mãe é sorriso, mãe é algodão doce
salpicado de açúcar e caramelada
de uma essência que não se explica.
Mãe: o amor mais puro que existe!