DE MEU CANTO INGLÓRIO

Ela chega sorrindo,
solta luzes por toda parte, doa sonhos
e fantasias em inconcebíveis
sempiternidades;

e, mesmo avisada
para parar, ela continua doando
suas lumes e incontroladas
vesanias

e a tantos que a fila
não acaba nem em fodeção de inteiros
seguidos infernos
vazios.

De manhã,
não dá outra, ela toma o café
e, mesmo fingindo
não perceber,

sai a outros terreiros,
levando (dos sangues, suores e porras
dos momentos anteriores)
um terrível e mouco
fedor.
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 06/05/2016
Código do texto: T5627284
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