O ÚLTIMO ADEUS

Engole as estáticas
concupiscências que trouxeste
a nossas ébrias e insones
noites;

recolhe as incautas ilusões
que criaste a cerca de nosso amor,
sempiternizado em algum tipo
paraíso idílico;

e esquece a exíguas esperanças
que semeaste, entre céus azuis e pedras rupestres,
que jamais conseguimos evitar aos caminhos
por onde andamos, nem aos ninhos
por onde nos deitamos;

e,por fim, aprende
[de uma vez por todas] que é preciso
muito mais que gestos
e palavras,

a fim de que
se possa reluzir para além
dessa vã e vil
jornada.
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 06/05/2016
Código do texto: T5627252
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