O ÚLTIMO ADEUS
Engole as estáticas
concupiscências que trouxeste
a nossas ébrias e insones
noites;
recolhe as incautas ilusões
que criaste a cerca de nosso amor,
sempiternizado em algum tipo
paraíso idílico;
e esquece a exíguas esperanças
que semeaste, entre céus azuis e pedras rupestres,
que jamais conseguimos evitar aos caminhos
por onde andamos, nem aos ninhos
por onde nos deitamos;
e,por fim, aprende
[de uma vez por todas] que é preciso
muito mais que gestos
e palavras,
a fim de que
se possa reluzir para além
dessa vã e vil
jornada.