MONÓLOGO DE POETA . . .

A ânsia

Atiça e avança

Em meu senso

Que já não é

De criança...

Tosco e tenso

Nunca me amanso

Só sei, moça,

Que minha dor

Pulsa e é intensa

E fico fazendo verso

Pra disfarçar o choro,

Que enxugo neste lenço...

Mas logo ergo a taça

Com vontade imensa

E faço este poema...

Uma brincadeira doida

(Descabida geringonça)

Nascida da cabeça

De um poeta

Tolo e insistente

De seu coração

generoso e distenso

E dessa alma alegre,

Brincalhona e sonsa !

(Tadeu Paulo – 2007)