CHAGA

Arranho-me em espinhos

sangro

gargalha, na noite insana, o amor

decerto, sorri da minha dor.

Pela parede de minh'alma

chagada

o sangue escorre

cai na terra árida

e morre!

Morro junto...

ninguém socorre!

Amei teu olhar, teu sorriso...

em minha loucura

possuí teu corpo!

Roubou-me o juízo

a tua candura

e por muito amar

acabei louco.

Amores não correspondidos

são gélidas lâminas de navalha

a cortar, em pedaços, o coração.

Seja o teu retrato mais bonito

quente e piedosa mortalha

a cobrir-me no frio caixão!

Alexandre Brito - 04/05/2016

Alexandre Brito
Enviado por Alexandre Brito em 05/05/2016
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