Na vertigem das horas
Perdi o tempo de amar.
Hoje sou sombra sem corpo
E uma alma a procurar abrigo.
Sigo solitário no mundo,
Caminhando sobre ossos partidos,
Meu coração exposto
Um dia foi possuído,
E para quem o entreguei
Resta-me a abstrata esperança de retorno.
Giro como um pequeno planeta
Que desconhece a luz do sol,
Um corpo frio em deserto de gelo,
Sem a chama dos sentimentos
Que aquecem a alegria de viver.
Seu eu morrer amanhã,
Mais subtraído que dividido,
Os outros contarão histórias
Sobre o poeta que morreu
Por um amor vivido.
 


 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 03/05/2016
Reeditado em 29/05/2016
Código do texto: T5624420
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