Poesia nua
Decididamente contra o tempo
Contra as naus
A delicadeza em alma a despir-se poesia
Rebuscando o sonho de encontrar-te
Em voos de silêncio
Que grita sobre as ruínas do que ficou para traz
Ainda lateja docemente a paixão
Dolente, adormecida
Atordoadamente!
Se pinta de amor
Como nos tempos antigos
Em face de juventude desabrochou,
Sonha saudade e deita ao vento palavras afetuosas
Beijos, caricias da juventude
Que num sorriso reconheces
Que era só tua
E sempre tua a alma apaixonada
Essa poesia nua.
Paula Belmino
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