Sem Pecado
O silêncio era a voz presa no peito
quando desceram caudalosos a montanha
os rios que choraste por justiça.
O desejo foi dos olhos à tua boca
e correu célere até que abrupto se fechou
para guardar do mundo o teu espírito.
Um dia voltaste
sem pedras, palavras ou lágrimas
sem os lírios de todas as promessas.
Oferecias-te em carne e silêncio.
Sem revolta e sem pecado.