VIDA RUBRA
Rubras fagulhas que queimam,
Mansamente, como se o fogo
Fosse ameno e terno....
Menos frio que a neve
Que, embora macia e calma,
Contrai os poros enrijecidos.
Fogo que abraça e acaricia,
Que, ternamente, silencia
O frio da alma... que gela!
Rubras fagulhas que, ao caírem
Sobre a fronte do poeta,
São como bençãos de Deus!
Fagulhas... Vestígios...
rastros, isso sim, da inspiração rebelde
Que há muito, não se manifesta.
Rubras fagulhas que anunciam
O retorno, enfim,
Da vida!...