*_ MARIPOSAS PELO AR...

Na noite mais densa sua sombra foi
a magia de sua companheira, a
saudade.
Foi a lembrança dos toques que
toldava seus sentidos, e nos beijos
carregados de firmeza.
No dia mais claro ficava olhando o
fim da estrada a espera-lo...
Uma espera no vazio da incerteza....
Na noite mais densa, lia suas cartas
e seus poemas.
Tentando decifrá-lo...
E havia mariposas pelo ar...

E descobriu que nenhum brilho seria
igual o dos olhos dele, exceto o das
estrelas.
No dia mais claro sentia a quentura
do sol sobre teu corpo como os
braços dele a abraça-la.
Dia claro ou noite densa, não se
lembra das flores ou das cores, nem
do cantar dos pássaros tentado
alegra-la.
Ou mesmo o cheiro das laranjeiras.

No belo jardim as mariposas
enfeitaram de amor a noite...
Pois elas beijam as luzes, como um
vício, tal como a mulher beija o
brilho dos olhos do amado.

Na noite mais densa
No dia mais claro
Lá estava a luz dos meus olhos...
Na noite mais densa
No dia mais claro
Lá estava eu, e não me esqueceu...
Na noite mais densa, no dia mais
claro eu acompanhei teu coração...