Lágrimas
Lágrimas
Descem por minha alma cheia de feridas
Como bálsamo trazendo seiva e vida
Renovando paisagens antes perdidas
Amenizando o deserto do desamor.
Já estavam quase esquecidas
Condensadas em nuvens revoltadas
Sempre por ventos bem afastadas
Enfim explodiram com as trovoadas
Invadem o espaço seco e saturado
Dos infortúnios a esmo combatidos
Nas fileiras da urbe dos desvalidos
São esperança de futuras luzes
Após banhar mentes em conflitos
Transbordar nos corações aflitos
Abençoadas gotas de redenção
Nos espíritos sedentos de oração.