SEM TÍTULO [Abril, 2014]

queria semi-abrir meus olhos

e enxergar o que desejo.

tão simples,

tão complexo!

uma coisa de querer,

tão sã e cheia de nexo...

uma pele clara,

roupa de estar em casa.

tato meu explora teu corpo

à romântica luz

da televisão ligada.

ouço cada tecla digitada

por tu que pesquisa

sei lá o quê,

meu corpo flui

sob efeito do seu cheiro bom...

óleo de acender,

qualquer combustível

sob fagulha de sua voz,

- suave, aguda, feminina;

voz livre a exalar...

e a tarde se pode acabar

e eu acordar então,

procurando teu jeito,

teu rosto,

os movimentos de tua mão...

o que você fará agora,

me interessa não ter idéia!

déia de minh'alma atéia,

linda pelo acaso

que te liberta e embeleza.

(04/2014)