Amor com pimenta

Tantos poemas

Chorados

Tantos versos

Acabrunhados

Feitos nos proveitos

Da imaginação

Agora aqui estou

Imergido

Em pleno voo

De letras servido

Esperando

Uma nova emoção

Chega de vazio

Vazio leito

Peito vazio

Solidão como sujeito

Eu só queria

Poder compor

Afeto na caligrafia

Sem os rabiscos de dor

E nem porfia na teoria

E assim, uma canção

Que fale

Que ouça

Não cale

Respire

Suspire e esbouça

As videiras do coração

Compassivamente

Servindo-me de poesia

Verdadeiramente...

Sedenta!

De amor com pimenta.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

23/04/2016, 09'09" - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 23/04/2016
Reeditado em 02/11/2019
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