Sentido de Amar
Quando nossos olhos se entrelaçaram,
Nada anormal houve em minhas retinas.
Nenhuma vontade de saber-te,
nenhuma razão para amar-te,
nenhum desejo de fazer-te minha.
Quando nossas palavras se cruzaram,
Notei suas palavras intimidando as minhas,
mas nada havia de concreto que fizesse
Ter eu o desejo de calar-te com um beijo.
Quando nossas razões se encontraram,
Resistia o meu peito ao que o olho dissesse,
Nem mesmo a boca permitira que houvesse
Qualquer palavra que me transmutasse.
Quando nossos peitos decidiram se unir,
Meu coração cansou de resistir,
enquanto a razão desistiu de insistir,
e te amei, desejei, encontrei razões em ti.
Quando nossos corpos morreram de amar
A mente, a boca, o peito, o olhar
Entenderam, ao certo, que o sentido de amar
É sentir. Não olhar, não falar, não pensar.