FEDRA E HIPÓLITO (MITOLOGIA GREGA EM VERSOS)

FEDRA E HIPÓLITO

(Adaptação de Carlos Freitas)

Introdução:

Dessa amizade, Afrodite tinha muitos ciúmes.

E, não vendo nela nenhuma pureza,

Pediu ao filho Cupido,

Que no coração de Fedra atirasse,

Quando Hipólito povoasse seus pensamentos.

Conclui-se assim,

Que toda essa tragédia do absurdo,

Foi desencadeada por Afrodite e Cupido.

Início:

Reis de Creta, Pasifae e Minos.

Minotauro, Ariadne e Fedra, seus Deuses meninos.

Na reunião dos Deuses, uma decisão aconteceu,

Decidiu-se que Fedra se casaria com Teseu.

Rei de Atenas, e filho de Etra e Egeu,

Que já fora casado com a amazona Hipólita,

A qual, o formoso filho Hipólito concebeu.

Formoso e casto. O enteado Hipólito,

A cabeça de Fedra virou,

E Fedra sua madrasta,

Loucamente, por ele se apaixonou.

Em respeito ao pai Teseu com quem morava,

Hipólito, o assédio recusou,

Fedra, humilhada e medrosa,

Com medo da descoberta,

Numa carta mentirosa ao marido,

O enteado acusou,

Dizendo-lhe que em sua ausência,

Seu filho por ela se apaixonou,

E que não aceitando ambígua situação,

Resolvera se matar – Se enforcou!

Teseu, ao ler tal carta, o filho insultou,

Acusou-o com fúria, o menosprezou.

Hipólito humilhado, da casa do pai se exilou.

E Teseu, imerso em ódio,

Pede a Poseidon, a morte do primogênito,

Que o faça sofrer cruelmente.

Mesmo sem culpa, enquanto fugia,

Hipólito remorsos sentia.

Pelo ódio do pai,

E pela morte da madrasta, sofria.

Perdido pelo caminho,

Depara-se com um monstro marinho,

Aparência de um touro negro,

A soltar chamas pelas narinas.

E,

Numa luta de forças desiguais,

Hipólito concluiu – Não sobreviveria jamais!

Irmã gêmea do Deus Apolo,

Ártemis, de Hipólito era a melhor amiga,

E dele ouve o desesperado chamado.

Defende o amigo junto a Teseu,

Que cego pelo ódio não a ouve.

Então,

No espelho d’ água do palácio,

Ela o faz ver o desenrolar da tragédia.

E Teseu, conhecedor da verdade,

Grita para Poseidon, que pare sua vingança,

Que não o mate... Salve sua criança.

Ártemis obriga Teseu

A olhar novamente para o espelho d'água,

Então,

Ele vê a morte do próprio filho.

Ártemis,

Leva o corpo do amigo

Para Trezena

Lá está seu templo,

E lá será, sua casa eterna.

Carlos Freitas
Enviado por Carlos Freitas em 19/04/2016
Reeditado em 20/05/2019
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