Retomo o Discernimento
Minha pele anda seca,
Minha boca mais ainda.
Ausência não aceita,
Saudade que não finda!
Meu olhar morno sem cor,
Sem tua imagem desvanece,
Minha boca sem sabor,
Do seu gosto não esquece!
Meus braços vazios perdidos,
Meus dias agora sem glórias.
Estou quase sem sentidos
Vegetando nas memórias!
Até de mim me afastei,
Próximo de tua ausência,
Quem sou eu não sei,
Sem a sua vivência!
Pra todo lado eu giro
Buscando sua presença,
Não a encontrando suspiro,
Devo perder a crença?
Vivo cabisbaixo e calado,
Por aí perambulando,
Sinto-me sem ar, sufocado,
Parece que nem tô respirando!
Não fique assim agoniada,
Vida minha, amada Ceci!
Relaxe e sinta-se aliviada,
Porque agora eu renascí!
Quando me apareceu na frente,
Me senti de novo gente!
Quando no abraço me apertou!
Descobri de novo quem sou!
Minha vida retomou as cores,
Meus olhos agora resplandecem,
Nosso jardim perfumou em flores,
Os pássaros felizes agradecem!
Linda, querida, amor, eu clamo!
Não repita esta longa viagem,
Você é tudo o que mais amo!
Quem me dá mais coragem!
Vem aqui bem pertinho, vem?
Deixe eu cheirar seu pescocinho...
De beijos não te deixarei sem,
Vou te encher de meu carinho!
Encoste seus lábios macios nos meus,
Faça o que sabes muito bem fazer,
Satisfaça todos os desejos seus,
Venha unir-se com o teu Ser
Que vive aqui e agora liberto
Da dor carrasca esvanecida!
Tendo sua gêmea por perto,
Sua Alma está renascida!
Na sua boca então,
Tomo o fôlego alento.
Completo o coração,
Retomo o discernimento!