Adeus às ilusões

Quem foi que apagou este sorriso,
pondo-lhe profundas rugas no rosto,
e que lhe expulsou do paraíso,
causando-lhe tanto desgosto?

Ó encantadora menina donzela
a sonhar com tão belos amores
Das mulheres lindas a mais bela
Por que tantas lágrimas e  dores?

Na noite sumiste entre nuvens, lua
prateada,  deixaste-a na pobreza
cacos espalhando-se pela fétida rua
Sombras, resíduos de amarga tristeza.

Enganos, pura hipocrisia existencial
Nossas promessas outonais, solenes 
desconhecer da vida o essencial
Mera ilusão, os sentimentos perenes.