Confidências
Eu tive um amor que era diferente
De todos que consegui, de todos tão diferente
Que era meu amigo, amante, confidente
Parceiro de tudo que rotineiramente eu fazia.
Tinha no corpo um brilho, no coração uma ternura
Na pele a cor da ilusão, desenhos das maçãs
Fina limpidez uma gentileza pura
Magia e fascínio, perfume das manhãs.
Eu tive um amor de coloridas maneiras
Que mordia os lábios na hora de me abraçar,
No olhar o silenciar de todas as coisas
Cuja calma me obrigava acordado sonhar
Eu tive um amor que sabia receber e ser recebido.
Dar um brilho a tudo que rotineiramente fazia
E ao sorrir provocava uma covinha, de dia uma criança
A noite a esperança de renascer um novo dia.