Minha vida, meus amores,
Dar-me- ia o luxo
De realizar o milagre
Da multiplicação.
 
Não somente a carne saciada,
Mas o saciar do espírito faminto.
Não o prazer e o êxtase,
Mas o completar de uma existência.
 
Meus amores, do amor mulher,
As que meus lábios encontraram
Ao juntar-me aos seus lábios,
Que estiveram ao meu lado,
Mesmo estando distantes.
 
A presença é irrelevante
Quando se atinge o nível
De amar com perfeição.
 
Nem de um coração é preciso,
Mesmo de peito vazio,
O amor completo se faz
De peito aberto.
 
Até as dores das que mentiram,
As que me consumiram o humor,
As que esqueciam que o amor
Não merece o tal distrato,
De fato, também foram amadas,
Sem distinção.
 
Meu amor precisava de um,
Metade de dois
Para se fazer completo.
 
O bom amor é como ar rarefeito,
Torna-se difícil de respirar.
 
E nessas trocas infinitas
As coisas bonitas ficaram gravadas
E postadas num altar.
 
O amor deve ficar para sempre,
Mesmo que não o tenha sido.
 
Depois do amor, esqueça a amizade,
Quando chegar a tristeza,
Há de se querer voltar.
 
Se houver separação,
Esqueça as promessas de dissolução,
O coração se corrompe facilmente,
Basta ter saudade
E sentimento.
 
Os trens passam nas estações,
Nem sempre chegam ao destino esperado,
Mas os trilhos seguem nos caminhos cruzados.
 
O grande trecho da vida
É quando você pergunta:
O que eu faria por amor?
 
 
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 16/04/2016
Reeditado em 20/04/2016
Código do texto: T5607408
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