Vá
Vá
Volte, sempre que querer voltar
Meu corpo é teu alimento,
Volte correndo sempre que precisar
O tempo que for o tempo que durar
Volte correndo caso esteja sem ar
Olhe pra mim, pra dentro de mim, me respire,
Diga-me o que vê, diga-me o reflexo do meu ser
Estou nú, despido de malicias e desejos
Puro, nú e cru.
Finjo te ver no azulejo
Os traços na imperfeição do piso frio
Formam o teu rosto perfeito
eu lembro do meu passado mais que perfeito
O som, gosto, teu cheiro
Na minha loucura banal...
o velho piso rachado
só, as traças pulando carnaval
e eu com o olhar chateado
não me sinto contente
pois me lembro
Além desse lugar deprimente
que hoje, o amor
não tem a gente.