INOCÊNCIA
Não, não és culpada,
a noite me surgiu adentro
contaminando-me todos os poros
e todos os suores:
fazendo-me pendular
entre sonhos incautos sem asas
e rotinas pregadas,
entre fulgurantes fogos azuis
e sombras retesadas,
e, sobretudo, entre teu amor sublime
e puristas meretrizadas.