PARA AMAR-TE
Para amar-te
não preciso estar sempre contigo,
nem te dizer isso todos
os dias;
não preciso
entrar em detalhes,
nem tagarelar com o verbo volátil
a teus ouvidos,
como que, com isso,
pudéssemos nos acalmar os inseguros corações,
ou sustentarmo-nos alguma posição
à grande distância que nos
separa:
para amar-te
preciso apenas de duas coisas:
que me permitas em primeiro lugar,
e que nunca mais te hesites
crer em mim.