O FIM DE TUDO

Houve-nos uma morte
na grande insanidade de nossas ilusões,
esperanças e chuvas
de outrora;

há-nos outra morte
na insensatez das palavras e dos atos
contracenados aos teatros
de agora;

haver-nos-á outras ainda
(porvindouras) que aguardam apenas a anestesia
dos sentidos, para se fazerem
no laivo vigor da hora;

porque nenhum tempo
– e nada, absolutamente nada que haja
aos caminhos: nem os cantos
e encantos dos mais belos
passarinhos –

é culpado de como escolhemos
nos escorrer (retendo segredos que matam)
com asas, tochas e incensos
gradientes

por entre miragens vãs,
concupiscências vadias e insânias bipolares,
sempre rumo a quedas, precipícios
e túmulos alagados.
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 10/04/2016
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