EM BUSCA DA LIBERDADE
Quando ela arrombou
a porta
rompendo todas
as correntes,
montou no dorso
do vento
e saiu, desenhando
aos ares
seus sonhos, desejos
e fantasias,
com tal fome
e sede
que tudo pôs
ao leito,
onde bebeu e comeu
a se fartar,
ora como sublime
puritana,
ora como decaída
meretriz;
antes de retornar
a casa
onde se sentia
prisioneira,
na vã tentativa de
se recompor
do tresloucado espetáculo
de imagens.