Erros e acertos do inconsciente

Não erramos quando evitamos nos dar as mãos

não erramos quando não exageramos no primeiro beijo

não erramos quando as mãos passaram mais fortes na coluna cervical,

tampouco quando escapuliu uma soprada na orelha e lábios finos no pescoço.

Não foi equívoco aguardar o inesperado

passamos longe de negligências outras

não houve equívoco na manutenção da segurança

tampouco em não conhecer a alma e o coração quente

Erramos feio, sim! No excesso de zelo

no evitar do arrependimento

ao manter distância dos fuchicos

ao evitar poesias, fotografias e grafias na pele

Erramos em não viver

ao se arrepender do que não fizemos em plena consciência das inexistentes consequências

Ou mesmo na ciência das próprias consequências

afinal inexistiam tantas divergências, incongruências e indecências.

Erramos quando não permitimos viver a sua vida

a minha vida

a nossa vida

e uma outra como Deus quisesse.

Erramos muito,

na realidade erra-se muito...

por não permitir o encontro com o outro, no outro, dentro e fora do outro

por medo constante

e por não ser demasiadamente humano