Orós

De tanto abominar a mentira

Despertei-me na veracidade

De tanto falar no contexto

Vivi a pretexto à luz da mocidade.

Horrores eu ouvi dos amores findados

Ao tentar recompô-los faltou-me talento

Porém, ninguém se perdeu no anonimato

A despeito do bom e mau pensamento.

No fulgor do instante apanhei da vida

Resisti a tudo que me foi imposto

Perseverante e cheio de bondade

Na verdade encontrei contentamento.

Valsa bailando ao vento, veladas vozes

No abismo tentaram me atirar

Não conseguiram porque no sonho

Olhando no rosto aprendi te amar.

O pássaro voava, o verde sorria.

A sombra o campo manchava

Na cachoeira silenciosa a água caia

E meu coração de esperança se sustentava.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 08/04/2016
Reeditado em 08/04/2016
Código do texto: T5599209
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