Níveos.

Livre entre as gaivotas ditantes.

Preso como as chuvas incisivas.

Num solo que arde tantas dores.

Das secas que cobrem o oceano.

Quão fascínio é o teu corpo nu,

Envolves minha pele talhando-te,

Tornando-me teu mel de vaidades.

No aleito da primavera sufocante.

Como um coração vazio abatido.

Sendo o tecer das nuvens atantes.

Tocando o céu negro e obscuro.

Bem como os níveos caindo-nos.

Finda-te minha alma sob o universo!"

Tens razão, meu corpo, repousaria-te.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 08/04/2016
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