O verso, a margem e a mulher...
Me inquieta a conveniência das palavras arquitetadas
Metrificadas sem haver nelas essa angústia
Essa de querer explodir o mundo
Essa de querer acariciá-lo
Me inquieta a conveniência das palavras arquitetadas
Metrificadas sem haver nelas essa angústia
Essa de querer explodir o mundo
Essa de querer acariciá-lo
Me inquieta que no verbo escolhido
Se dissipe a impiedosa arte do grito
Esse que me move
Esse que arrebenta as portas do paraíso
Me inquietam as mesmices dos sentires
Desmistificando o meu sentir primeiro
O verbo que vem e vem assim inteiro
Me ferindo, me quebrando, me amputando o medo!
E eu grito, grito porque sou poeta
Os sussurros deixo ao travesseiro
Soltos, livres em confissões femininas
Que também ultrapassam as margens do que sou ...
Se dissipe a impiedosa arte do grito
Esse que me move
Esse que arrebenta as portas do paraíso
Me inquietam as mesmices dos sentires
Desmistificando o meu sentir primeiro
O verbo que vem e vem assim inteiro
Me ferindo, me quebrando, me amputando o medo!
E eu grito, grito porque sou poeta
Os sussurros deixo ao travesseiro
Soltos, livres em confissões femininas
Que também ultrapassam as margens do que sou ...