"SUB UMBRA ALARUM TUARUM"
"Senti as asas de um arcanjo errante
Roçar-me brandamente pela fronte,
Como o cisne, que adeja sobre a fonte,
Às vezes toca a solitária flor"
(Castro Alves)
Ai! Eu era muito triste
E não cria em mais nada…!
Era como uma flor murcha,
Pelo vento desfolhada!
Era como um rouxinol
Que cantava a solidão,
Na noite fria e triste,
Com a mais triste canção!
Ontem, à noite, tivera
Uma celeste visão:
Eras tu, Anjo formoso
Que me trouxeste a razão
De viver…, d'amar de novo!…
Quando chegaste a mim,
"Sub umbra alarum tuarum",
Abriguei-me, querubim!