"SUB UMBRA ALARUM TUARUM"

"Senti as asas de um arcanjo errante

Roçar-me brandamente pela fronte,

Como o cisne, que adeja sobre a fonte,

Às vezes toca a solitária flor"

(Castro Alves)

Ai! Eu era muito triste

E não cria em mais nada…!

Era como uma flor murcha,

Pelo vento desfolhada!

Era como um rouxinol

Que cantava a solidão,

Na noite fria e triste,

Com a mais triste canção!

Ontem, à noite, tivera

Uma celeste visão:

Eras tu, Anjo formoso

Que me trouxeste a razão

De viver…, d'amar de novo!…

Quando chegaste a mim,

"Sub umbra alarum tuarum",

Abriguei-me, querubim!

quartzo rosa
Enviado por quartzo rosa em 07/04/2016
Reeditado em 07/04/2016
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