VIDAS PASSAGEIRAS
Uma dor terrível corrói-me por dentro.
Uma solidão ativa fica um tanto complicada.
E a vez daquele belo beijo gostoso
Parece que foi adiada
Por um simples gesto que implica outra jornada.
Há tanta dor em meu peito.
Há uma grande solidão meio sem jeito.
Essa maldita solidão
É minha quase eterna companheira
E não sei como devo agir pela vez derradeira.
Mas surge uma luz no final do túnel
Afirmando que a sabedoria
Vem de fontes que desconheço.
O sonho é apenas um facho de luz
Apontado para o além,
Direcionando os trilhos do trem
Que carrega cada vagão
De nossas simples vidas passageiras.
Tangará da Serra, 2001.