VIDAS PASSAGEIRAS

Uma dor terrível corrói-me por dentro.

Uma solidão ativa fica um tanto complicada.

E a vez daquele belo beijo gostoso

Parece que foi adiada

Por um simples gesto que implica outra jornada.

Há tanta dor em meu peito.

Há uma grande solidão meio sem jeito.

Essa maldita solidão

É minha quase eterna companheira

E não sei como devo agir pela vez derradeira.

Mas surge uma luz no final do túnel

Afirmando que a sabedoria

Vem de fontes que desconheço.

O sonho é apenas um facho de luz

Apontado para o além,

Direcionando os trilhos do trem

Que carrega cada vagão

De nossas simples vidas passageiras.

Tangará da Serra, 2001.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 06/04/2016
Código do texto: T5596960
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