Amortalhado.

Neste coração amortalhado!"

E sigo, a hora, num leni desejo.

Sentindo tua língua ofegante.

Segue o teu espírito uno.

E dentre os meus prantos inquietos.

Despejando o mel pelo outono,

E colhendo grãos sobre o oceano.

Amo-a, como a lua.

E numa tarde os raios melindram!"

Sob os elos da alvorada sustante.

Nossos corpos, árduos e amantes.

Velejando sob os céus minguantes.

Pois nossos beijos, abrem o anoitecer.

Nossos ritos, de paixões, imaginantes.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 06/04/2016
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